Habeas Corpus - um filme de Debora Diniz e Ramon Navarro from Universidade Livre Feminista on Vimeo.
(Brasil, 2005, 20min. Direção:Debora Diniz e Ramon Navarro)fonte: DocVerdade
Esta é uma comunidade formada por enganadores e trapaceiros, reunidos ao redor de uma mesa, real ou virtual, de forma circular, expandindo o poder e a glória por todo o mundo através de análises sobre todo e qualquer assunto que possa efetivamente modificar o rumo da história do universo. Mas como só tem picareta, esta mesa é uma força em prol da desarmonia e da intolerância. Um veneno a favor da inveja e da ambição, onde a ânsia de supremacia e poder de cada membro acontecerá por cada tópico
Habeas Corpus - um filme de Debora Diniz e Ramon Navarro from Universidade Livre Feminista on Vimeo.
(Brasil, 2005, 20min. Direção:Debora Diniz e Ramon Navarro)GRÂNDOLA, VILA MORENA
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
E atendendo o pedido da Tati, o filme agora esta legendado. Ai Tati... tai o que você queria
Meus amigos, da série “Eu não podia deixar de me despedir no Acre, sem nem mesmo ter conhecido antes” eu falo ainda estupefato da maravilha que tive o prazer de conhecer a pouco: Machu Pichu.
As ruínas Inca, pra nos acreanos é uma espécie de Cabo Frio para os cariocas: é logo ali. Aqui no feriadão, a gente vai é pro Peru (ui!....te mete com a gente!).
Meus amores, não passem por essa vida (me permitam o exagero) sem ter o prazer de conhecer Machu Pichu. É uma viagem absolutamente em conta (seja de onde você sair do Brasil) e Maravilhosa!
Definitivamente, apesar dos seus absurdos, o SER HUMANO É MUITO FODA! Como construir uma cidade a 2800 metros de altitude, manuseando milhões de toneladas de pedra no século XV?
Ta ai, uma viagem que poderíamos pensar em fazer juntos... o Fidel já falava nisso na faculdade. Reunir uma turma legal e viver aquilo.
Curtam um pouco disso tudo... e ai, vamos?
Já há algum tempo tive a oportunidade de ver o vídeo de uma palestra do líder seringueiro Chico Mendes na PUC do Rio de Janeiro em 1987, moderada por Carlos Walter Porto Gonçalves, um professor querido que tive o prazer de ter na minha graduação. No inicio da gravação Carlos Walter relatava sua dificuldade e a do Chico de chegar ao Rio de Janeiro naquele ano, em razão da fumaça ocasionada pelas queimadas na Amazônia, que provocavam o fechamento dos aeroportos.
Em setembro de 2003, quando acabava de chegar ao Acre e até aquele momento ainda não vira a floresta, escrevi numa crônica onde num trecho dizia: "E foi respondida a grande questão do acreano que vos fala: encontramos a Amazônia! No momento ela está voando em cima da minha cabeça! Olha lá, aquela fumacinha deve ser um cumaru ou um jatobá! Já tem gente querendo manejar fumaça, pensando que é manejo florestal.... é rir pra não chorar! Pelo amor de Deus, alguém joga água nesta fogueira! Vocês precisam ver, de noite a lua fica laranja com aquela névoa de fumaça horrorosa. Maior clima de boate e os pilantras incendiários cantando: "Tô nem aí! Tô nem aí!" Aí, vem o meu amigo bêbado, vendo a lua laranja, aquela névoa toda e me diz: "Aí Felipe, olha que loucura, estão fumando a Amazônia!" De maior floresta, virou o maior maço do mundo.... caminhando e queimando nóis vai defendendo a floresta.”
Aí eu pergunto: o que mudou de 87 e 2003 para hoje? Nada, rigorosamente nada, eu te respondo. Há pelo menos 23 anos defumamos o mundo, queimando a Amazônia, e nada é feito para mudar essa realidade. Ah! E se anteriormente falei que nada mudou, minto: piorou. Esse ano foi igualado a estiagem recorde do ano de 2005, onde a chuva, somados os meses de junho, julho e agosto, chegou a apenas 31,5mm. Pra se ter uma idéia, no mesmo período em 2009 choveu 100,7mm.
Então você imagina um clima extremamente seco, com uma fumaça de marejar os olhos, provocando diversos problemas respiratórios? É assim que grande parte do Acre e Rondônia se encontra no momento. Os aeroportos de Porto Velho e Rio Branco invariavelmente vêm fechando por algum período, todos os dias, em virtude das fumaças. Respirar na Amazônia hoje, se não fosse tão vital, não seria nada recomendável.
Enquanto tudo vira cinza, a briga que “vale” mesmo é saber de quem é a fumaça: “Não, do Acre não é... Deve ser de Rondônia” “Isso é coisa do Mato Grosso” “Que nada, é da Bolívia”. Cada um empurra a fumaça pra debaixo do Estado do outro e nada se resolve.
Olhando isso é que ainda reafirmo a questão: o que queremos mesmo da Amazônia? Não vale brincar com as palavras dizendo que é preciso preservar o “pulmão do mundo”, blá, blá blá. Algo original vai... ou você já encontrou alguém que seja contra a floresta e o meio ambiente?
Pois é, enquanto tratarmos o meio ambiente e a Amazônia apenas com palavras de ordem, sem ações que de fato contenham o avanço da destruição da floresta e dos demais ecossistemas (porque não cortam o financiamento com dinheiro de banco público de quem destrói, por exemplo?), estaremos fadados a passar de pulmão para o incenso do mundo. Quem sabe não “energiza” o ambiente, né?
*publicado originalmente, em agosto de 2010, na revista eletrônica Verbo 21 na Coluna Verde Que Te Quero Verde (www.verbo21.com.br)
Copa do Mundo é sempre muito legal. Até quando ela é de futebol ruim, como essa que acabou, ela é muito legal. E essa teve dois episódios épicos ao meu ver. A primeira por ter sido na África com todo o seu simbolismo que não é necessário me alongar por aqui pra explicar. A outra, que me emocionou, foi o gol do Iniesta aos 10 minutos do 2o. tempo da prorrogação que deu o primeiro título de Campeão Mundial para a Espanha.
Me permita justificar esse último ponto: o futebol para nós homens é sonho de criança. Mesmo que a paixão pelo esporte vá esfriando a medida que vamos crescendo, não duvide que pra cada 10 homens bem sucedidos que você pergunte hoje se trocariam tudo pra ser um jogador de sucesso, 8 respondam que trocariam. Tá no imaginário, tá no sangue e na flor de pele.
E dentro do imaginário coletivo, que menino, como a gente, nunca chutou aquela bola que o espanhol acertou? Quem que algum dia correu atrás de uma pelota não teve o sonho de fazer o gol decisivo de final de Copa do Mundo, no final do jogo, dando o título pro seu país?
Pois é! Aquela bola já foi chutada por muitos. É o gol mais feito da história e apenas um foi real.
Acompanhar e comentar a cena musical do Brasil e do mundo há tempos é trabalho de muitos jornalistas e apaixonados. A internet e sua façanha de proporcionar o acesso a “todos os sons do mundo”, fez com que ainda mais hoje se consuma música de todos os paises dessa enorme aldeia global.
Os Picaretas fizeram essa bate-papo que segue com o Tadeu e Miguel onde os mesmos explicam suas motivações musicais.
Picaretas – Como surgiu a idéia de criar o blog e de onde veio o nome “Amor Louco”?
Miguel (M) – Bem, na verdade tudo começou no dia em que fui apresentado ao Tadeu e a partir do momento em que passei a ler suas críticas musicais no blog dos Picaretas. Realmente tínhamos o mesmo gosto e achava que o Tadeu tinha quer ter um espaço para ele divulgar suas críticas musicais. Então coloquei a idéia de um blog na cabeça dele (não sei até que ponto ele já a tinha em mente) e fui viajar. Quando voltei, ele me mandou um e-mail dizendo que tinha criado um blog chamado Amor Louco e, se quisesse participar, as portas estavam abertas. Fiquei receoso no momento e entrei, inicialmente, apenas como colaborador, indicando bandas e fazendo um “marketing agressivo” para divulgar o blog. Hoje colaboro postando também e atendendo a pedidos, dentro do possível, e acho que estamos numa sintonia e dinâmica bem legais.
Tadeu (T) – Nasceu dessa forma que o Miguel comentou. Eu sempre gostei muito de música, de ouvir, ler, falar e escrever. Lembro que quando comprava umas fitas VHS com alguns shows sempre escrevia algo sobre o que rolava na fita e colava na capa, tipo “crítico musical”. O Blog foi a facilidade (da internet) de fazer isso de uma forma mais “real”. Trocar idéia sobre música, esse é o objetivo, escrever e ter resposta. O nome veio dessa paixão pela música e de uma conexão com o tipo de música que estaria ali, o Fellini (banda queridíssima) tem um disco chamado “Amor Louco”, aliás foi o primeiro disco postado.
Picaretas – Como podemos classificar o estilo musical das bandas apresentadas no Amor Louco?
(T) – Não podemos classificar. Claro que você encontra um número maior de referências Shoegazer, Pós-Punk, Dreampop e afins, mas nada impede de você dar de cara com um disco do Walter Franco (MPB) e segundos depois achar algo do Ministry (Industrial, Hardcore)... procuramos deixar claro a “linha dos discos”, mas o blog é livre.
(M) – Os estilos são anunciados em cada postagem. A nossa linha é o Shoegazer, mas procuramos trabalhar e divulgar outros estilos do rock (indie, pós-punk, britpop, new wave, eletrônica, pop, etc.), não fazendo discriminação de país e nos concentrando no cenário musical mundial do final dos anos 70 para cá.
Picaretas – Muitas das postagens no blog são de bandas na linha do Shoegazer. Vocês poderiam nos contar um pouco de onde nasceu, a história, e as influências deste estilo musical?
(M) – Bem, minha geração é aquela que se nutriu com a música dos anos 80. Passei minha adolescência ouvindo e comprando os vinis de bandas como The Cure, Happy Mondays, Pixies, Smiths, Cocteau Twins, My Blood Valentine, Jesus and Mary Chain, Vizyado Moe, Pin Ups, Defalla, Maria Angélica, Black Future, entre muitos outros. Quando ouvi, em 89, o primeiro álbum do My Bood Valentine (“Isn't Anything”), fiquei encantado com esse barulho todo. Mas quem realmente já tinha me deixado perplexo foi Jesus and Mary Chain com "Psychocandy", que é de 85. Salvador naquela época tinha apenas alguns guetos para se comprar e curtir esse som. O que gosto no Shoegazer, que começou na Inglaterra nos anos 80, é a alta distorção das guitarras em meio às vozes etéreas, criando uma sensação de pleno vôo. Hoje me interessa muito esse tipo de música feito em países asiáticos.
(T) – Pois é, o Miguel é um pouco mais velho que eu, vivenciou coisas no exato momento que eu só pude conferir correndo pelos sebos aqui do Rio. Meu primeiro contato com o Shoegazer foi em uma matéria da extinta revista Bizz (em 1991 eu acho). A matéria dizia que literalmente Shoegazer significava “fitar os sapatos”, isso em função das letras tristonhas e do estilo cabisbaixo de se encarar o público, e o mundo de uma forma geral (por isso olhavam para os sapatos), a microfonia e os vocais soterrados em muralhas de guitarras seriam uma espécie de “proteção”... Sorte a nossa.
Picaretas – Como as novas mídias vêm transformando a cena musical no mundo, em especial, os estilos musicais que vocês privilegiam no blog?
(M) - A Internet tem nos ajudado muito a conseguir bandas que nem imaginávamos ouvir algum dia. Os trabalhos mais independentes ganharam a possibilidade de estarem aí para qualquer um e acho isso muito positivo. Mas, por outro lado, os problemas com as grandes gravadoras aumentaram. Vejo o blog como uma ferramenta de difusão da música, do rock que nos interessa. Se um artista pede para retirarmos o link, será atendido imediatamente, mas, caso contrário, estará lá para todos. Não visamos lucro algum, mas apenas mostrar para o mundo o que curtimos. E se o blog é um bom canal para as bandas novas, das quais gostamos, que a música seja livre. Não acredito no império da dominação musical. Daí a minha curiosidade por querer saber, em termos de Shoegazer ou de “música obscura”, o que acontece na Ásia.
(T) – Tem banda que não lança nada físico, só pela internet. O que não é necessariamente legal, afinal mesmo com esse turbilhão de coisas on-line continuamos gastando bastante dinheiro mensalmente comprando discos. Agora é claro que ficou mais fácil a divulgação, o romantismo pode ter diminuído, mas é fantástico você poder ter discos que certamente você não conseguiria por um preço minimamente justo. Ainda mais nessa área underground, mais obscura, a divulgação era raríssima e ter material de algumas bandas muito difícil.
Picaretas - Dá pra dizer que os estilos musicais ditos obscuros são mais populares hoje do que uma década atrás em função da popularização da internet? Tem se mantido a mesma qualidade musical nesse novo cenário de exposição?
(T) – Não sei...você vai num show aqui no Rio e encontra meia dúzia de pessoas. Antes tinham mais, mesmo com uma divulgação menor. Não sei exatamente se essa facilidade significa que tenha se tornado mais popular, continuo sem achar no meu dia-a-dia quem goste desse tipo de música, continuo sofrendo pra achar os discos, continuo sem ouvir rádios, pois elas não tocam esse tipo de música, as revistas acabaram. Acho que mesmo com o boom na internet (indiscutível) esses outros “lados” deviam caminhar juntos, caso fossem mais populares. Quanto a qualidade, ontem e hoje existem coisas boas e ruins, é só procurar.
(M) – Diria que a qualidade musical é outra e muita coisa boa e ruim estão surgindo. Com a Internet a popularidade aumenta com certeza, mas o interesse nas bandas é mais fútil e passageiro. A alegria e o prazer de receber um vinil ou cd em casa via correio está sendo cada vez mais uma sensação descartável. É preciso ter cuidado com a facilidade oferecida pela Internet. A divulgação pelos blogs é um meio de facilidade, não nego, mas tudo depende das complexas relações entre mídia, bandas, gravadoras e público.
Picaretas – A disponibilização sem custos dos álbuns que vocês postam na internet vem sendo a grande dor de cabeça das gravadoras que sobrevivem de vender discos e ainda não se adaptaram a essa nova realidade. A disponibilização na internet passou a ser o único caminho? Como vocês vêem o futuro dos álbuns de música?
(T) – Você tem que diferenciar essas gravadoras. Os discos que “somem” do Amor Louco são os discos de gravadoras como Warner, Sony e afins, ou seja, as grandes gravadoras, você acha que são os blogs que são os problemas pra essa gravadora? Cara, um cd nacional no Brasil é R$ 40,00, esse é o problema. Se a gravadora fosse esperta o blog seria divulgação. Eu e Miguel continuamos comprando cd. Agora se uma micro gravadora ficar chateada com o disco lá no blog nós tiramos, esse cara sim está sendo prejudicado, mas quase sempre o cara da pequena gravadora gosta, pois é divulgação. Não sei qual é o futuro, sei que vou continuar consumindo e curtindo. Espero que tenham qualidade, só isso.
(M) – Para mim, o futuro dos álbuns não é o vinil, não é o cd e nem as mídias digitais, mas aquele que você preserva para si mesmo. Há pessoas que não largam o vinil por nada, outras preferem o cd, outras o mp3, mp4, flac, etc., com seus pen drivers. O importante é não perder a sintonia mágica provocada pela música, da qual acredito e cultivo nas minhas coleções, seja em vinil, cd ou música digital.
Picaretas – Como é essa pressão que vocês sofrem de algumas bandas ou gravadoras por postar os seus álbuns no blog?
(M) – Quando postamos algumas bandas alternativas de renome, fomos repreendidos. Então resolvemos dar uma linha mais “obscura” às postagens. De lá para cá, só duas ou três bandas pediram para retirar o link. Outras, nos mandam pelo e-mail do Amor Louco o álbum, a capa, e nos dizem: “Fiquem à vontade”. Se gostamos, divulgamos.
(T) – É isso. Algumas bandas pedem e tiramos, outras nem dão chances (quando são maiores) o blogspot já deleta e depois manda um comunicado dizendo que o blog pode “sumir” caso volte a acontecer. Mas no geral as bandas agradecem e mandam material.
Picaretas - Para finalizar, que inovações virão no blog Amor Louco?
(M) – Fizemos, por insistência dos amigos, o twitter do Amor Louco. O Tadeu lançou no blog a sessão Discografia, que achei o máximo. Talvez façamos algumas camisas para o pessoal mais próximo ao blog. O Amor Louco está crescendo cada vez mais (são mais de 30.000 visitas mensais!) e espero continuar esse trabalho prazeroso de divulgação do que gostamos de ouvir.
(T) – Essa coisa de “inovações” é com o Miguel... ele tem carta branca.