domingo, 21 de março de 2010

O ENGODO OLÍMPICO


Tudo que se pensa e se planeja para o Rio de Janeiro atualmente passa pela realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Uma cartilha que deve ser seguida para encontrarmos a felicidade e uma cidade mais organizada e justa (?!?) O Nuzman, presidente do COB, tornou-se figura das mais importante do país, ser amigo do Nuzman é necessidade para alguns e estar bem na fita, saca? O que o Nuzman diz é respeitado e seguido. Pois bem, o tal canalha sempre dizia aos quatro cantos sobre o tal legado que o Pan deixou pra a cidade coisa e tal. A cidade, segundo ele, recebeu uma série de benefícios que serão eternos, o Velódromo e a piscina que não serve mais são alguns deles, não se esqueçam.
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Como Nuzman é um cara esperto pensava diariamente no que dizer aos jornalistas e a sociedade (uma pequena parte dela, a outra não ta nem aí pra isso) sobre a repetida pergunta: “Qual o legado do Pan?”. Tadinho do Nuzman, não aguentava mais ouvir tal pergunta (“legado é o cacete” pensava ele). Como bom canalha sempre jurava de pés juntos que a cidade tinha herdado uma série de benefícios, o tal legado.
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Nuzman, o cara, lendo e relendo suas anotações descobriu um item que lhe salvou de tudo. Descobriu que os Jogos Pan-Americanos não “cobravam” legado. Bingo! “Não preciso mais explicar esse engodo, digo legado” pensou Nuzman. Não deixaram legado pois não cobravam, ou seja, podia gastar sem se explicar. Maravilha! A essa altura meu cunhado já se pergunta: “onde deixo meu currículo pra ser presidente do COB?”.

Livre, leve e solto, sem a pressão do legado, Nuzman mandou em entrevista essa semana:

“O Pan-Americano do Rio de Janeiro não deixou legado porque a Organização Desportiva Pan-americana não exige. Como o COI exige, com as Olimpíadas a coisa será diferente.”

O Nuzman será chamado pra depor ou o Vagner Love irá sozinho?

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