domingo, 31 de outubro de 2010

GRÂNDOLA, VILA MORENA




Há pouco conheci a música Grândola Vila Morena através de um amigo de trabalho. Ao tocá-la no violão, ele contava que ela havia sido tocada na Revolução dos Cravos em Portugal em 1974, dando inicio ao levante do MFA (Movimento das Forcas Armadas) que depôs o regime salazarista depois de 41 anos de ditadura.

Além da música ser muito boa, a história dela me deixou muito curioso e fui atrás de saber mais. Descobri que a canção foi composta e cantada pelo cantor português Zeca Afonso em 1971, sendo logo censurada pelo governo ditatorial, que a relacionou com o comunismo. Ela, às zero horas e vinte minutos do dia 25 de Abril de 1974, foi transmitida na Rádio Renascença como o segundo sinal do inicio da Revolução.

O primeiro sinal foi a música “E depois do adeus” cantada por Paulo de Carvalho, que foi tocado cerca de hora e meia antes, às 22 horas e 55 minutos do dia 24 de Abril.

Desde então, Grândola, Vila Morena ficou associada ao início da Democracia em Portugal. Sua letra refere-se à fraternidade entre as pessoas da vila de Grândola, no Alentejo

A musica foi gravada por diversos cantores no mundo todo. Aliás, existe uma gravação com a Amália Rodrigues que é belíssima. No Brasil, Nara Leão a gravou na década de 70 em um compacto simples... ficou muito bom também! Em 87, a banda de rock paulista 365 a gravou também. E foi nessa versão rockeira que a conheci.

Mas enfim meus amigos, de qualquer forma que for gravada ela é de arrepiar, ainda mais quando conhecemos sua historia, vinda de um tempo em que os lados estavam claros e as canções ainda tinham um papel de transformação da sociedade.

GRÂNDOLA, VILA MORENA

Grândola, vila morena

Terra da fraternidade

O povo é quem mais ordena

Dentro de ti, ó cidade


Dentro de ti, ó cidade

O povo é quem mais ordena

Terra da fraternidade

Grândola, vila morena


Em cada esquina um amigo

Em cada rosto igualdade

Grândola, vila morena

Terra da fraternidade


Terra da fraternidade

Grândola, vila morena

Em cada rosto igualdade

O povo é quem mais ordena


À sombra duma azinheira

Que já não sabia a idade

Jurei ter por companheira

Grândola a tua vontade


Grândola a tua vontade

Jurei ter por companheira

À sombra duma azinheira

Que já não sabia a idade

5 comentários:

Tadeu disse...

muito bacana hein...

tem essa versão do 365 lá no Amor Louco na coletânea "Não São Paulo II"...confere lá...

http://amorloucobr.blogspot.com/2008/08/va-no-so-paulo-ii-1987.html

grande abraço,
Tadeu.

Claudinha disse...

Emocionante!
Bjos,
Claudinha

Felipe disse...

Fala Tadeu...

ai ai ai,,,,link do Tadeu eu j[a fico apreensivo. hehehehe

rapaz, que legal vc ter essa musica no Amor Louco. Finalmente o Amor Louco me serve de alguma coisa....hehehehe

Beijao pra vc viu....
Felipe

Unknown disse...

Que legalll!!! Nossa adorei conhecer mais sobre essa maravilhos musica..fico sempre emocionado quado Fabi canta e conta essa musica em nossas rodas...legal demais..

Muito legal seu blog também..parabéns

Abração Anderson!!

Tati disse...

É... eu conhecia a versão lusitana original, mesmo... Meu avô era português e me lembro dessas músicas rondando a minha infância...

É bonita, mesmo!