Esta é uma comunidade formada por enganadores e trapaceiros, reunidos ao redor de uma mesa, real ou virtual, de forma circular, expandindo o poder e a glória por todo o mundo através de análises sobre todo e qualquer assunto que possa efetivamente modificar o rumo da história do universo. Mas como só tem picareta, esta mesa é uma força em prol da desarmonia e da intolerância. Um veneno a favor da inveja e da ambição, onde a ânsia de supremacia e poder de cada membro acontecerá por cada tópico
Nos últimos dias o genial Radiohead lançou seu mais novo disco, "The King Of Limbs". Ainda não sei muito sobre o disco, apenas uma rápida audição mostrou que a banda continua na mesma linha dos álbuns anteriores (isso é bom, apesar de desgastar depois de um tempo). Mas vamos aos fatos, a postagem não é sobre "The King Of Limbs" em si. Junto ao disco o Radiohead lançou um clip, da música "Lotus Flower", onde Thom Yorke dança loucamente, como se Ian Curtis (Joy Division) estivesse ali no corpo da criatura. Todo mundo adorou, achou engraçado, ou simplesmente achou fantástico, afinal é Radiohead...blá blá blá.
O mais legal ocorreu quando o blog da Revista Alfa (Abril) chamou alguém especializado para comentar a tal dança estranha de Yorke. Jacaré, ele mesmo, foi o "escolhido", cheio de técnicas que ultrapassam a simples dança da garrafa o dançarino (ou seria bailarino?) dá até pitaco na iluminação do vídeo. Abaixo segue a entrevista. Antes de tudo já digo: Jacaré é Gênio!
O que achou da dança de Thom Yorke? É intuitiva… faz o que está sentindo, o que está cantando. Tem ritmo, pelo menos. Ele faz o que vêm à cabeça. Mas não é coreografada, né? Se ele for querer repetir, não vai sair da mesma forma. A não ser que ele imite o próprio vídeo depois.
Algum ponto a melhorar na performance? Não, não… porque na verdade ele não dança. Ele se movimenta, ele se mexe em relação à melodia. E esses movimentos falam sobre se libertar, sobre flores, sobre o coração. Então ele está sentindo o que está cantando e quis mostrar isso de alguma forma.
Você dançaria esse tipo de música? Dançaria sim, dependendo do ambiente. Não sou muito de eletrônica, de rave, mas chego em eventos que tem esse som e aí vou também por instinto. Começo alguma coreografia, jogo braço, jogo cabeça… só sentindo a música.
Acha que Thom ficou natural no vídeo? Sim, sim… ele sente o teclado, a bateria, a guitarra. Achei a iluminação bastante interessante. Tudo ali tem um significado, mas mais pra ele do que pra quem está assistindo. Cada um vai interpretar de uma forma. E provavelmente não tem coreógrafo mesmo, só um diretor de cena.
Conhecia Radiohead? O que achou de “Lotus Flower”? Não conhecia a banda, só de ouvir falar. Achei “Lotus Flower” muito boa… gostei do preto e branco no clipe. Ele tá falando de flores e, com esse preto e branco, parece que é uma flor que ainda vai florescer.
Conseguiria coreografar “Lotus Flower”? Dá pra coreografar sim, todas as músicas! Essa é um pouco difícil, indicaria pra quem tem uma formação de jazz, balé ou dança contemporânea. Eu não fiz curso, comecei com a dança de rua de Salvador, que é completamente diferente da dança de rua do Rio e São Paulo. Dançava Axé, pagode baiano e com o tempo tive que aprender um pouco de técnica, principalmente a contagem da música. A coreografia era sempre em cima da letra. Então se a letra disser: “vou pegar o telefone pra ligar pro Marcos”, tem que ter ali o movimento. Mas quando comecei a trabalhar também com a contagem da música, facilitou até pra decorar os passos.
Sensacional. No fim os repórteres (Júnior Bellé e Marcos Lauro) colocaram os dois vídeos, o "tal" do Radiohead e um do É O Tchan e fecharam tudo de forma brilhante:
"Agora, compare os movimentos frenéticos de Thom Yorke com a técnica apurada de Jacaré".
***Felipe, se quiser aprender com Thom Yorke é só seguir o esquema abaixo. Os passos do Jacaré você já sabe.
conexão Rio Branco/AC - Rio de Janeiro, América do Sul, Brazil
Somos quatro amigos de faculdade: José Tadeu Beirão, Vinicius Borges, Glauco Bruce e Felipe Mendonça que, hoje, já formados em Geografia (é meu amigo, isso existe!), resolvemos nos encontrar nesse espaço para falarmos sobre literatura, cinema, futebol, cotidiano, música, política e demais assuntos que o dia-a-dia nos acomete.
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